PARA VOCÊ QUE PENSA EM EMIGRAR E NÃO CONSEGUE AVANÇAR.
De onde surgiu a ideia de emigrar
A ideia de mudar de país não é por geração espontânea. Ela vem de um desconforto, de uma oportunidade objetiva ou de um sonho entalado na nossa alma.
E desconfortos, há muitos. Casamentos desfeitos, crise financeira, incidentes na vida pessoal e profissional são aqueles mais diretos e pessoais. A vida não anda correndo bem….
As oportunidades, elas surgem como cavalos selados que passam a galopar: ou saltamos ou perdemos a corrida. Se deixarmos passar, só o próximo, que na maioria das vezes não vem. Pode ser um trabalho, um novo negócio ou algum tipo de aperfeiçoamento no âmbito profissional. Mas é algo objetivo e focado. E mexe muito com a nossa cabeça…
Mas há também aquela causada pela situação em que passa o país em que estamos a viver. No Brasil em particular, há quem esteja farto das promessas de futuro, da ciclotimia econômica. As crises financeiras profundas, como esta que assola o país, a baixa qualidade dos serviços públicos, a segurança e os problemas de trânsito nos deixam indignados e desestimulados. E aí construimos o sonho de uma vida melhor para nós e nossos filhos. É sonhar e sonhar…
Com relação aos incidentes pessoais, será que não é melhor aguardar as cicatrizações para depois pensar em se mudar? Nas oportunidades o processo é mais racional. Demanda estudo, aconselhamento direto. Já no outro caso – o tal do sonho de mudar de vida - vale muito a pena investigar com o devido cuidado uma miríade quase sem fim de variáveis. O sonho tem que ser construído num misto de mente aberta e, ao mesmo tempo, buscando informações que fundamentem e aumentem a segurança para se dar este passo adiante.
O começo deste processo é uma análise profunda do way of life atual e do futuro que se pretende. Ficamos decepcionados quando percebemos que não conseguimos viver da forma que gostaríamos pelas limitações impostas pelo país – ou circunstâncias - em que vivemos no momento. Mas convém lembrar que às vezes não conseguimos viver da maneira que gostaríamos por exclusiva responsabilidade nossa. E mudar não resolverá esta questão, pois vamos juntos. E, também, via de regra, teremos que fazer adaptações às vezes profundas na nossa forma de viver, e isto pode não nos agradar.
Há, portanto, que se fazer uma profunda reflexão sobre como vivem e como gostariam de viver no novo país, para evitarmos trocar seis por meia dúzia como se costuma falar. E isto depende de uma profunda análise interior, do porque não conseguimos viver como queremos onde estamos e porque vamos conseguir, no novo local eleito. Só então, move on…
Vamos desenvolver estas questões no terceiro artigo sobre este tema tão atual e estimulante: emigração.
Aguardem… Ele vem a caminho.
Renato Leal
Revisto: Setúbal, 04 de agosto de 2022
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