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UMA TENDÊNCIA EM PORTUGAL




Muito antes da pandemia, iniciava-se uma tendência de transferência de domicílios para cidades do interior ou da periferia dos dois grandes centros metropolitanos de Portugal: Porto e Lisboa. A razão principal disto, era o aumento do preço por m2, da venda e arrendamento, dos imóveis residenciais.

É importante lembrar, que o setor imobiliário reage com uma certa lentidão aos eventos positivos e negativos que venham a afetar oferta, demanda e preços. Mas com a pandemia, o processo acelerou. É um movimento para a próxima década.

A COVID-19 nos expôs a situações de constrangimento. Outros fatores também começaram a influenciar a escolha de onde morar:

1. A aceleração do home office, parcial ou total;

2. O receio de viver em zonas de densidade populacional elevada;

3. A necessidade de uma estratégia efetiva de redução das despesas mensais, nas quais a renda (aluguel) tem o maior peso;

4. O custo de vida mais baixo em praticamente todos os itens da cesta de consumo;

5. Desenvolvimento de novos polos agrícolas e industriais;

6. As maiores vantagens em termos dos apoios comunitários para fora dos grandes centros. Lembro que toda a recuperação dos próximos anos será centrada nestes programas comunitários e que haverá mais incentivos a investimentos fora dos grandes centros;

7. Programas de incentivo à interiorização de famílias;

8. Salário baixos e sem muita chance de aumentar nos próximos anos de forma significativa;

9. Expansão da internet de boa qualidade.


Considerando que estes fatores acima põem na agenda de mudança um olhar um pouco mais distante, cabe refletirmos para onde irão estes portugueses que deixam os grandes centros. Nesta decisão, alguns pontos se destacam:

1. Serviço de transporte por comboios ou metrô de superfície;

2. Infraestrutura médica;

3. Boas escolas, quando a família tem filhos menores;

4. A presença de um certo nível de serviços, como academias, supermercados, Shoppings e de lazer infantil;

5. Índices de poluição e IDH;

6. Proximidade dos dois grandes centros ou nos clusters industriais ou agrícolas;

7. Bons serviços de internet.

8. Todos esses recursos que virão de apoio comunitário, darão um enorme impulso no empreendedorismo no interior, onde as despesas são menores, o que favorece a incubação e aceleração destes projetos.

As variáveis para se ter em conta são muitas e não devemos esquecer este mood atual que apela para uma vida com menos stress e mais qualidade física de vida. Mais ser do que ter, parece ser o novo mote.

Convém lembrar também, que o sonho da casa própria da família média portuguesa vai se distanciando, caso insista em morar em grandes centros urbanos em função do crescimento dos custos por m2e a consequência nas prestações. Sem esquecer, que os tempos das taxas de juros baixas vai ficar longo por um largo tempo.

Vai chegar uma altura que os jovens portugueses vão se rebelar pelos baixos salários de partida e aqueles que podem almejar nos próximos 10 anos, e se lançarão neste novo ambiente de negócios, centrado em produção local e mercado global, diferenciação e exclusividade relativa e das novas tecnologias. Sem excluir a enorme quantidade de trabalhos online já disponíveis. Ou saem do país.


Vai haver uma fuga dos custos e do stress das grandes cidades.


RL

Setúbal, 24set22


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