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PORTUGAL COMO TRAMPOLIM PARA OUTROS PAISES EUROPEUS



Os imigrantes que chegam anualmente a Portugal são de diversos matizes. Há empresários, reformados, estudantes, de alta e baixa renda e níveis culturais diversos. Há os que fogem do seu país, pelas circunstâncias. Para uns, Portugal é o destino final. Para outros, uma oportunidade de recomeçar.

Estes últimos, na faixa entre os 25 e 40 anos, vem tentar uma nova vida em Portugal. Entre esses, há também os fluxos desordenados de imigração, oriundos de países com cultura distinta de Portugal e que vem em busca de trabalho de baixa qualificação. Os reformados buscam a segurança, a tranquilidade, o clima e as infraestruturas de transpor te e saúde disponibilizadas. E os restantes?

A grande maioria, vem recomeçar a vida em Portugal. Com o passar do tempo deparam-se com uma dura realidade, que é a estreita faixa de remuneração, com pouca possibilidade de melhora nos salários, o que limita bastante as suas aspirações. O teto é baixo.

Mas alguns já perceberam que Portugal, pelo menos para os mais ambiciosos, pode ser uma forma inteligente de se emigrar de forma faseada. Explico abaixo.

Para o grande contingente de imigrantes brasileiros, o primeiro passo é sair do Brasil. E aí Portugal apresenta um conjunto de vantagens que encorajam o primeiro passo: (1) a mesma língua; (2) similaridade cultural; (3) Clima ameno; (4) voos direto em abundância; (5) a presença em território português de familiares ou amigos; (6) facilidade de obtenção do visto e consequente legalização e, last but not least, (7) a possibilidade de obtenção da cidadania após 5 anos de residência legal em Portugal. Essa é a “cereja do bolo”. Se empacar na melhora do padrão de vida, passado os 5 anos, me mudo para outro país europeu.

Aos menos ambiciosos, cumprida essa etapa, é viver o que Portugal oferece de forma exemplar e que ele buscou, de forma simples, mas bem melhor do que tinha no Brasil.

Aos demais, os 5 anos podem ser uma verdadeira escola preparatória para um avanço profissional em países de maior dimensão com padrões remuneratórios mais aliciantes e outros desafios profissionais e culturais.

A chave para que isso dê certo é o trabalho de base a ser feito nesses 5 anos:

(1) Consolidar uma base financeira e desligar-se do país de origem;

(2) Aprender ou aperfeiçoar o domínio do idioma inglês e mais uma ou duas línguas, que podem ser as da vizinha Espanha ou França, abrindo um espectro maior de possibilidades;

(3) Aos poucos, ir conhecendo com auxílio das diversas fontes existentes na internet e visitas periódicas ao país definido como próximo passo, para a compreensão da cultura local e das oportunidades. Então, quando chegar a hora, não terão grandes problemas de adaptação por desconhecimento da realidade do país escolhido

(4) Buscar empregos em empresas com sede fora de Portugal que pode abrir uma porta para uma troca futura de país;

(5) E iniciar a busca de trabalho ainda estando em Portugal.

O mesmo pode ocorrer também com as empresas. A estreia europeia é num mercado que exige menos investimento, como muitos incentivos fiscais e financeiros e baixa concorrência. E depois, aventurar-se no grande mercado europeu.

Isso traz para os sucessivos governos portugueses um grande desafio: a perda crescente de talentos -os melhores – que deixam o país atrás de salários mais atraentes e condição de carreira nas empresas dos demais países da UE.

Portugal não pode se uma etapa de um fluxo migratório, pois assim não reterá mão de obra e conhecimento, com impactos na sua produtividade de trabalho. Mas este é um problema para o país e não para os imigrantes que querem o melhor para si e para a sua família, com menos risco. O “estágio em Portugal, é mesmo uma boa opção estratégica.

Está pensando em emigrar para Portugal? Conte connosco para ajudá-lo em cada etapa do processo!

Setúbal, 04 de fevereiro de 2025

Renato Leal

+351910937387


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