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ATENÇÃO!!! MAIS CUIDADO SE VAI EMIGRAR PARA PORTUGAL




EMIGRAÇÃO PARA PORTUGAL MAIS ARRISCADA EM 2023?


Não é minha intenção desestimular a emigração, mas como facilitador dessa atividade, com inquestionável sucesso, não poderia deixar de externar esse meu ponto de vista e alguma preocupação.

Emigração é uma decisão muito séria e não convive bem com leviandades e irresponsabilidades. Abaixo faço um breve histórico e teço as minhas recomendações de certa forma já abordadas em outros artigos, especialmente no contido nesse link https://www.portugalsim.com.br/post/emigrar-conquista-ou-frustra%C3%A7ao .

Há décadas, e em fluxos com características próprias, a emigração vem evoluindo no sentido Brasil/Portugal. Foram os dentistas que primeiro enxergaram oportunidades nesse país. Depois foram engenheiros e arquitetos que buscaram seu espaço profissional no boom da reconstrução do país aquando da entrada na União Europeia. Vieram também os chamados homens de obra – mestres, aplicadores, eletricistas, trabalhadores de estrada. O turismo cresceu e os bares e restaurantes se encheram de atendentes brasileiros. Depois, vendedores para trabalhar no comércio e no UBER. Mais recentemente há uma avalanche de profissionais de TI e aposentados,

Nos últimos anos houve uma enorme investida na busca da nacionalidade portuguesa pela linha hereditária, a chamada nacionalidade primária. E até mesmo o recurso à origem dos judeus sefarditas.

Durante todo esse tempo, era relativamente fácil a integração pois a economia crescia, havia novas e abundantes oportunidades de emprego e um país aberto ao imigrante brasileiro. Até aí, todos procuravam aquilo que Portugal oferece: segurança, educação gratuita, medicina pública, boas infraestruturas de transporte e serviços públicos e privados. Ou seja, qualidade de vida.

Nos últimos tempos, vem se registrando um enorme afluxo de emigrantes por fatores diversos do Brasil e globais, tendo como consequência um aumento sem precedentes do fluxo migratório, num ano que penso ser um dos mais difíceis da política e economia europeia. E isto deverá se estender por mais algum tempo. Como também o enorme fluxo de profissionais de TI e nômades digitais que escolhem morar em Portugal, com menos despesas, bom clima e atuação internacional.

Quais os novos desafios para o emigrante brasileiro que se muda para Portugal?

1. Estagnação da economia portuguesa, que está travada por problemas internos portugueses e pela crise que assola a europa desde a pandemia de COVID-19, e aguçada pela Guerra da Ucrânia;

2. Inflação elevada, e que tem resistido às medidas tomadas para arrefecê-la?

3. Aumento nos valores das casas, arrendamento e compra, para números que preocupam os investidores e dificultando a vida de quem precisa pagar o arrendamento, com os baixos salários praticados em Portugal;

4. Algumas regiões do país já estão saturadas em termos de oferta de trabalho e falta de imóveis;

5. Para os que vivem de rendas no Brasil, em reais, uma desvalorização da moeda como ocorreu na Argentina, por exemplo, reduzirá bastante a capacidade de pagar as suas contas com os recursos vindos do Brasil;

6. Por fim, não são somente brasileiros que buscam Portugal. O povo do leste que quer se precaver da Guerra da Ucrânia; franceses que querem aproveitar as vantagens financeiras, americanos, e outras tantas nacionalidades, inclusive venezuelanos e argentinos que fogem da crise dos seus países.

A consequência de tudo isso é uma avalanche de povos emigrando para Portugal.

Volto a afirmar que não estamos aqui para desestimular a emigração para Portugal, mas sim para pedir cautela a quem vá fazer esse movimento.


O que sugerimos?


1. Estudar mais o país e as oportunidades, sempre com apoio local especializado;

2. Já iniciar a formação da reserva em euros, com o dinheiro em conta de um banco europeu. Com isso sua reserva está protegida da desvalorização, de confiscos ou restrições a transferências de recursos do Brasil;

3. Estudar alternativas de rendas complementares no trabalho nômade, por exemplo, e se preparar para ele;

4. Fazer a emigração por etapas, até mesmo coma ida segmentada da família;

5. Buscar cidades menos procuradas que caibam no estilo de vida pretendido e nas oportunidades de trabalho;

6. Não emigrar como turista e resolver a legalização depois quando lá estiver. É ilegal, irresponsável e atrasa todo o processo de emprego e legalização no país. Há diversas opções de visto e você poderá se enquadrar em uma delas. É aí onde está a maioria dos que retornam, frustrando expectativas.

Termino com uma lição que aprendi no mar: Podemos navegar num mar revolto, mas com mais planejamento, recursos e planos alternativos bem delineados. Se a borrasca nos atormentar, que tenhamos um porto seguro para ancorar. Ou adiemos a viagem.


Setúbal, 22 de janeiro de 2023

Renato Leal


Caso queira emigrar para Portugal, não deixe de nos contactar.

renatoleal.portugalsim@gmail.com

+351910937387




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