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FATORES ESSENCIAIS NA ESCOLHA DE ONDE INCUBAR A SUA STARTUP



Como Escolher o Parque Tecnológico Ideal em Portugal: Fatores de Decisão e Métodos de Análise


Na última década, Portugal vem se destacando na incubação e aceleração de projetos de inovação tecnológica, aplicáveis a diversos setores dos negócios.

Diversos agentes são os responsáveis por esse desenvolvimento, e correndo o risco de algum esquecimento, cito aqui o IAPMEI, algumas Câmaras Municipais, Universidades e Centros de Pesquisa e os diversos Parques Tecnológicos distribuídos ao longo de todo território português, no continente e ilhas. Há também as empresas de capital de risco que financiam projetos unovadores

A dotação dos fundos comunitários e o respetivo apoio do governo português têm de ser ressaltados, como também, e mais recentemente, a realização em Lisboa da WEB Summit, que jogou os holofotes de todo mundo à nossa capital.

Além do desenvolvimento de novas empresas, esses parques têm também uma função económica, social e demográfica ao distribuir investimentos, pessoas e conhecimento para áreas que estavam em processo de desertificação demográfica, fazendo retornar imigrantes que foram para os grandes centros, receber imigrantes estrangeiros e reter no interior e fora dos grandes centros os mais jovens em início de carreira.

Diante de tamanha oferta de parques, é fundamental ao empresário inovador, conhecer e estabelecer os critérios que nortearão a escolha do parque mais adequado ao seu projeto.

A seguir sugiro alguns critérios a serem levados em conta:

1. Especialização Setorial: foco do parque em áreas alinhadas ao seu projeto (ex.: biotecnologia, TIC, economia criativa, agrotecnologia). Fundamental pelo intercâmbio entre projetos incubados e acelerados do mesmo setor e infraestrutura e conhecimento disponibilizados;

2. Conexões com redes setoriais e clusters de empresas e associações, facilitando troca de conhecimento, pesquisa colaborativa e até parcerias de negócios;

3. Infraestrutura disponível: qualidade e adequação de escritórios, laboratórios e áreas industriais e rurais;

4. Acessibilidade a recursos tecnológicos especializados, como impressão 3D, equipamentos de análise química, etc…

5. Proximidade com Instituições Acadêmicas e de Pesquisa essenciais às atividades de pesquisa e desenvolvimento, e disponibilização de mão de obra qualificada;

6. Localização e Logística: proximidade a mercados-alvo, fornecedores ou recursos naturais e conexões de transporte (rodoviário, ferroviário, portuário ou aéreo).

7. Custos e Benefícios: custos de instalação, arrendamento e operação e benefícios oferecidos, como isenções fiscais, subsídios e acesso a financiamento nas melhores condições de apoio, bem como apoio administrativo e legal;

8. Ecossistema de Inovação e networking, com presença de empresas estabelecidas e start-ups do mesmo segmento ou usuárias da tecnologia que será incubada;

9. Programas de mentoria, eventos e acesso a investidores;

10. Apoio e participação em eventos na sua área de negócios;

11. Apoios governamentais e europeus: disponibilidade de fundos e as condições aplicadas, bem como conexão com iniciativas europeias e globais


Como se costuma dizer, a escolha não parece algo tão simples assim, até porque há também as conveniências de família e as grandes diferenças de custo de vida e climáticas regionais e oferta de serviços, lazer e cultura, importante no dia a dia da família do empreendedor.

Seguem alguns passos importantes que devem segui como um mini roteiro para fundamentar e nortear a escolha.

1. Definir os objetivos do projeto: identificar claramente as necessidades técnicas, financeiras e estratégicas, de recursos humanos, logísticas e de materiais;

2. Elencar os parques tecnológicos relevantes e usar os critérios acima para reduzir de forma significativa o número de parques a serem estudados com mais profundidade e até mesmo visitados. A ideia aqui é eliminar a grande maioria por exclusão imediata, para se centrar nos mais adequados. Uma boa sugestão é uma análise SWOT dos parques selecionados, e o uso de métodos de priorização e ponderação dos fatores (AHP – Analitic Hierarchy Process);

3. Visitas e avaliações práticas: fundamental para conhecer as estruturas, as pessoas, os projetos incubados e as atividades de networking disponibilizadas. Normalmente, nessas visitas há muita troca de experiências e informações.


Ressaltar que a escolha de um parque tecnológico deve ser estratégica, baseada em dados e diversos estudos e alinhada às necessidades específicas do projeto, cabendo a seguir, uma continua análise da evolução do parque, sem precipitações, como também incentivar uma análise contínua das condições do parque e do suporte oferecido ao longo do tempo, pois há sempre a possibilidade de se trocar de parque em caso de ineficiência do escolhido.

Por fim, não poderia deixar de enfatizar a necessidade de te paciência, não se encantar com as primeiras ofertas e procurar, principalmente junto aos usuários destes parques, uma avaliação de quem necessita e usa os recursos oferecidos.


Setúbal, 18 de novembro de 2024


Renato Leal

Fundador e Coordenador da Plataforma PortugalSim

de apoio à Emigração, Investimento e Negócios

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